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    A busca

    De: Lua Alma – em Maputo


    O tempo escorre-nos, no rio da vida
    Shuaaahhh!!!!
    E no seu leito a voz do amor
    Persegue, assombra
    Onde estás?
    Ah, meu amor. Em que parte desta selva insoniante
     escolhes  camuflar?

    Quando escuto o som da noite
    No retrato da lua,
    Sobre as montanhas negras da
    Musa Gaia
    E os teus rastros confundem-se-me
    Todos,
    Diante dos meus olhos, no húmus dos vermes

    E na nudez do nada
    Onde te espero ver
    Nas cacimbas elouquentes da madrugada,
    Uma sombra de mãos dadas com a esperança
    De sermos!




    Oh! As nossas confidências!
    aquelas gemadas noites depranto
    Que te busquei
    Nas veias de todos meus sentidos
    Mas onde estás?
    Em que paladar da palavra,
    Em qual melodia da voz,
    Que parte dos pêlos?
    Em qual tacto da lágrima??

    E neste rio
    Cheio de sangue
    Nado-lhe, na imensidão, bem no fundo da garganta
    Beijando os cadáveres incessantes de existir,
    Atravessando as míopes loucuras
    Dum coração insano
    O meu!
    Tudo, buscando -te

    E gritam-me os cães do destino
    Grotescas criaturas rasgando a carne da pouca impoética
    prosa que nos resta !!!

    Luto, sozinha com o preto luto
    Numa batalha de desencontros,
    De beijos tímidos que nao partilhamos
    Dos medos e angústias que não exploramos
    Dos olhos que partiram no horizonte

    Mas meu amor,
    Carrego-te no reflexo das águas
    O restante de ti,
    Guardo bem no peito

    E é quando penso vencer,
    Quando penso que estou perto
    que morres-me

    Morres-me amor!
    No utópico nada da última gota
    Nesse vazio que te busco
    Entre o branco papel onde sonhei escrever –te
    No sussuro entre a vida e a morte

    Morres-me!
    Enviuvando o ser que apodrece diante  da miséria
    De se estar vivo
    Enviuvando o ser que caminha sem sombra
    Sem reflexo
    Na foz do sonho
    De morrer te também um dia

    É quem sabe juntos
    Desaguar no infinito (a)mar
    Onde descansam as poéticas almas
    e que como o fénix
    Renascem
    no novo dia.

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