Mauro Brito – Maputo
Vi minha sombra flutuar no fundo do mundo
Onde nem sequer havia pedaços de verdade
Nesse escuro que cala mil silêncios
Busquei todas matemáticas, mas equação da vida não a resolvi
Pois te digo sem máculas, com todas as letras
Que bebi todo canhú que dormira no pote
E agora o que?
Não sou culpado pelo mundo de agora
Sim talvez da minha vida me culpo ou por não ter morrido
Escalei todas as montanhas da vida, entre sorrisos e lágrimas, e nada
Nem encontrei essa tal verdade de que se fala por aí, órfã do mundo
O que dizem por aí rapaziada?
E me divido em mil ventres que não pariram nem uma verdade
Arrumo-me em panelas de barro e atravesso mil pontes de sucesso
Viajo em mil palavras de sonhos e desejos frenéticos
Alcanço esse silêncio de palavras que apenas é verdade sem fronteiras
Silêncio do mundo onde a verdade tenta viver em harmonia
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