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    A influência de Malantagana Ngwenya na pintura angolana


    Simão Souindoula - Angola

    Uma das figuras dentre das mais marcantes das artes plásticas africanas contemporâneas e, sem duvida, a do veterano - pintor moçambicano, Valente Malantagana Ngwenya.
    Tirando a sua originalidade das suas composições em bloco, reagrupando personagens, invariavelmente, roliças e com olhares, extraordinariamente vivas, e sendo assegurar-se uma larga promoção internacional, o velho pintor de Maputo, influenciou vários jovens artistas do continente.
    Isso e particularmente verificável em Angola, onde vários criadores inspiraram-se, utilizando a pintura a óleo, o acrílico ou técnicas mistas, do pincel do Mestre moçambicano.
    É, o caso de Fernando Nunes, Gabriel Quissanga ou de Alves Manuel.
    A ilustração da réplica malagataniana angolana a mais acabada e a mais impressionante, saiu das broxas do espantoso autodidacta, de génio, Fernando Caterca Valentim.
    Com efeito, seduzido pelo estilo da composição do taumaturgo ronga e sob o enquadramento do seu mentor, o saudoso Luzolano, o jovem Valentim, se engajará, em Luanda, numa epopeia artística, verdadeiramente heróica, num contexto social e económico assolado pelo longo conflito armado.
    Fazendo bem armas iguais com o Mestre da contra – costa, no continente niger e na Península ibérica, o pintor-poeta originário de Gabela, na generosa província angolana de Kwanza sul, fará eclodir o seu imenso talento, dentro e fora das fronteiras de seu pais, em Portugal, nomeadamente, com numerosas exposições, a publicação de vários catalogos e a integração de seus espectaculares quadros em diversas colecções.
    Fará o, também, na África central, no quadro da Bienal da Arte Bantu Contemporânea.
    Recebera, em Brazzaville, na margem direita do Congo, em 1994, o Grande Premio deste certame, e a tela premiada, nesta ocasião, fará objecto da primeira impressão têxtil, significativa, produzida, em Libreville, no Gabão, pelo Centro Internacional das Civilizações Bantu.
    Seguindo o decano -pintor originário da aldeia de Matalana, nas margens do Oceano Indico, Valentim se engajara, igualmente, na poesia ; tirando a titularização suas obras, nesta base.
    Enfim, na senda do antigo estudante da fileira « Pintura Decorativa » da Escola Industrial de Lourenço Marques, o afiliado da União Nacional das Artistas Plásticos Angolanos, adoptara, também, nas suas composturas, a estampilhagem gravurante do venerável preto e branco, mas analogamente, a refulgente cor enxofre.
    __________________________________
    Simão Souindoula é Historiador e critico de arte. Membro do Comité Cientifico Terceiro Festival Mundial das Artes Negras

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