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    Homenagem ao “poeta vacabundo”


    De Eduardo Quive

    É UM poeta pós-modernista. A sua poesia é epigrámica. Ou seja, compacta. Também é um poeta discreto. Nunca grita para que o vejam. Ou o oiçam. Não se preocupa com as pessoas que o reconhecem ou deixam de o reconhecer. Porque ele próprio sabe que é um poeta. Um poeta predestinado. Nunca se vai querer ser poeta, segundo suas palavras. ...Um poeta é. Amin Nordine publicou três obras que passaram mais ou menos despercebidas. Mas elas transportam uma grande carga de sabedoria. E um dia as pessoas vão entendê-las. São elas Vagabundo Desgraçado, Duas Quadras para Rosa Xicuachula e Do Lado da Ala-B. Agora tem Soladas, título com o qual concorreu para o prémio Muncipal/2007. E ganhou. Ele diz que o mundo do poeta e tão hipotético e subjectivo que prefere ficar calado para não abalar a fé que transporta consigo. Ele é um misto caneco, que os amigos chamam, a brincar, de mudjinthi, ou mujahidine. Mas o poeta diverte-se com isso e diz: “sou um preto de cabelos desfrisados. Minha mãe tinha um salão de cabeleireiro no ventre dela”. E numa situação destas, não podíamos perder a oportunidade de entrevistar este poeta da compactação. (entrevista de Alexandre Chaúque, no jornal Notícias no ano 2007)
    Descrever Amim Nordine, é mesmo um mito por si mesmo, mas o Movimento Literário Kuphaluxa, o fez com supremacia, na noite da última sexta-feira no Centro Cultural Brasil-Moçambique em Maputo, para chorar a Morte do poeta e jornalista cultural dos melhores no país, falecido no dia cinco de Fevereiro do corrente ano.
    Para escritores, jornalistas e literatas presentes, Amim, era um louco, vacabundo e desgraçado mas pela arte, tudo pelo amor a literatura e pela concretização do que o mesmo artista dizia sobre sí, “operário da Poesia”.
    “Nós últimos tempos da sua vida Amim Nordine, era um crítico de tudo e todos, a cada edição do jornal Zambeze, na sua coluna Harpas e Farpas, sempre tinha um alvo a abater, entegou-se exageradamente, ao sigarro e ao álcool, coisas que o levaram a eterna vida” disse Bitonga Blues, Alexandre Chaúque, seu amigo e também jornalista cultural, com caris para discrever, tal como Amim, tudo e todos.
    Pouco conhecido pelos moçambicanos, poeta controverso que não se deixava comprar pela vaidade e nem tão pouco pela desgraça, morreu operário das letras que o seguiram durante a vida.
    Presenciaram a homenagem, os escritores, Aurélio Furdela, Pedro Chissano, Calane da Silva, também director do Centro Cultural Brasil-Moçambique, entre outros novatos na arte da escrita.

    1 comentários:

    Nordin! Nordin só é Amine!
    agucador de palavras, espectador de versos, pulverisador de verdades ...
    Amin, Nordine sempre Nrdine

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