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    Festa da palavra

    De: Raffael S. Inguane - Maputo



    Num banquete de poesia
    A inspiração estava mergulhada em banho-maria
    A mesa enorme, composta por sapiência
    Expondo a gastronomia da ciência
    O bom cheiro das estrofes me enlouquecia
    Dos bons temperos se deliciava a minha alma vadia

    Coberto de eloquência
    Eu trazia no peito, versos de nostalgia
    Abundavam no papel, palavras de origem dicionária
    As figuras de estilo transportando magia
    Com apetite pelo saber, eu devorava a filosofia

    As mulheres eram indispensáveis naqueles momentos de alegria
    Lá estavam as palavras semi-nuas fazendo a “putaria”
    Em seus corpos eu estudava a geografia
    E elas perdiam-se no embalo da ilegível caligrafia

    Eu bebia,
    Bebia todos os sons que traziam uma melodia
    Garrafas de frases, em minhas veias era elevado o índice da alcoolemia
     Minha mente estava bêbada, eu declamando versos de magia
    E no dia seguinte acordei com uma babalaze literária

    1 comentários:

    De ponto de vista este poema, esta enriquecido de figuras e recursos estilísticos, frases dançantes como melodia musical, onde estes versos perfuram a espinha dorsal de todos

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