Mauro Brito – Maputo
Certamente nunca fui ninguém
Hoje sou essa veia de cultura na letra
café com letras dançando
pois poetas ficam inalando o sabor da chuva
Nos caminhos da solidão, sequer tem
bandeira
veste se de poeira que intitula a estrada
poeira negra que teima nas estradas nacionais
repetindo gostos não atontadiço
Poetas exercitam se nas no alfabeto
Prendem se espectrografia multicolor
com belas jogadas insistentes
aldrabando a sociedade embriagada
Domesticado nas letras
incumbido de novas missões
querendo ser muitas vidas
pé descalço, ranhoso, estaladiço
maltrapilho no mundo dos sapatos sem sola
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