De: Américo Matavele - Maputo
Noite de deuses respeitados
Soa o tambor indígena furioso
Fumo de fogueiras gotejando pelas frestas da lua
Homens seminus formado um círculo
Gritam canções melódicas de roucamente.
E ali, no meio do círculo prateado pela lua
Donzelas com sorrisos tímidos dançam
Os pés deslizando suavemente sobre a areia
As ancas leves ondulando ao sabor do somAs missangas reluzindo a cor do forte fogo .
O tambor aumenta a velocidade do ritmo
As donzelas estão em transe profundo
Capturados pelos deuses das florestas
As ancas abandonadas ao sabor da cadência
Os frágeis braços seguindo o querer do tambor.
Eis que a floresta ganha ritmos e movimentos
Os gritos tornam-se unânimes e fortes no meio da noite
O tambor rufa, rufa, rufa, raivosamente forte
As donzelas mexem-se voluptuosamente
Os corpos jovens reluzem de suor.
É o regresso às origens esquecidas
Nas noites tristes da "civilização" imposta
500 anos passados restrigindo estas danças
Que ressuscitam os deuses ancestrais
Na verdadeira África que se necessita.
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