A escritora Cremilda de Lima advogou na passada, terça-feira, em Luanda, que para haver uma continuidade sobre a literatura infantil e novos escritores há a necessidade de existir uma base onde se desenvolvam acções literárias.
Em declarações à agência noticiosa, Angola Press, sobre a situação da literatura infantil em Angola, a escritora realçou que, com tais acções, podem estimular talentos que andam a ser perdidos para a escrita, pois escritores de literatura infantil e histórias infantis a muito poucos.
Acrescentou que esta escassez de escritores que apostam na literatura infantil também se deve a falta de conhecimento da matéria em questão, por não terem sido feitas reedições de livros autores que tiverem um valor quase imensurável para a literatura que podiam servir de apoio.
“Autores como Rosalina Pombal e Gabriela Antunes, cujos livros deveriam ser reeditados e vendidos pelo país todo, não são reeditados”, disse.
Sugeriu que os encarregados de educação devem actuar como agentes destas actividades, comprando livros, lerem e despertarem em seus filhos o interesse pela leitura, mas de uma forma agradável e não impondo.
Segundo a fonte, há uma proposta ao Ministério da Educação, de forma a ser implementado no país, um plano nacional de literatura a nível das escolas em que os alunos serão analisados nas salas de aulas com os professores.
“Os professores vão, dentro deste plano, fazer actividades que permitam verificar se realmente as crianças lêem para que a literatura infantil continue parte exactamente do imaginário das crianças”, assegurou.
Nascida em Luanda, Cremilda de Lima, licenciada em pedagogia pelo ISCED, é professora do ensino primário desde 1977, tem já publicados vários livros, nomeadamente "O tambarino dourado", "Missanga e o sapupo", "O nguiko e as mandiocas", "A kianda e o barquinho de fuxi", "A múcua que bailoçava ao vento", "O maboque mágico", "A velha sanga partida" e "Mussulo uma ilha uma encantada".
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