De: David Bamo - Maputo
É madrugada. Estou na cama. O meu corpo reposa. O pensamento está cada vez mais longe de mim. A minha alma flutua. Eu já não me sinto sozinho. A minha mente cria a sua imagem. As paredes gritam o seu nome. O meu quarto foi perfumado pelo gitou da saudade. Uma saudade com tamanho do oceano. Que ultrapassa o mar. É madrugda. Estou na cama. É madrugada e vou vertendo lágrimas de sangue por viver sozinho...
Sem a sua companhia a minha vida ganhou um sabor venenoso. Sem os seus doces beijo. Sem poder enfiar-me em si como me sentirei homem. O seu corpo já não me pertence. É madrugada. Queria muito fazer amor contigo. A solidão me alcança. Não consigo fingir que estou a acabar aos poucos. Os cegos já notam que o mundo já não me pertence.
Em mim só restou um corpo vadio que circula por estas terras. A minha alma foi engolida pela saudade. Tomada pela solidão. Hoje eu respiro a mágoa. Hoje os meus versos só tem um sentio-a tua ausência. É madrugada. Estou com muitas saudades. Saudades de ser amado por ti.
Eternamente ndividado. Individado com a lucidez que vai me arrancar este faz de contas. As estamos que estamos a fazer amor. Mas quando desperto descubro que é tudo mentira. São imganes que o tempo foi tauando no meu coração. Que o tempo foi iventando na minha mente. Imagens que ninguém já mais apagará. O teu regresso é que poderá me devolver consciência. Ainda é madrugada.
Farto de escrever cartas que nunca leste e não será nesta encarnação que farás a minha desejada leitura. Pobre deste coração. Que de coração já não se trata. É mais um esqueleto deixado pela sua partida. Tu não acreditaste. Foste mulher.
Esta madrugada está um verdadeiro tormento. O medo me rodeia. Medo de acordar e ter a certeza que te perdí para sempre. Do nada vejo o seu olhar me transmitindo confiança para o fututro. Do nada sinto o calor dos seus lábios junto aos meus. Do nada faço amor consigo e até ejaculo. É madrugada. Vou me mastrubando pela força da vontade.
A falta do seu amor virou doença. Eu vivo enganado pela esperança. Uma esperança que só aumenta a minha loucura. Eu não quero acordar. Esta madrugada deve continuar. Eu quero morrer de saudade. E será nesta madrugada. Eu tenho medo do que pode acontecer se eu acordar. Eu não quero contar as ruas. Eu quero partir contigo nesta madrugada.
0 comentários:
Enviar um comentário