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    CRONICONTO: O casamento e divórcio


    Dany Wambire - Moçambique



    Depois de expirado o prazo da juventude, novas responsabilidades nascem nos recém-adultos. O jovem ou a jovem cresce socialmente. Um respeito merecido lhe é devido pelo resto da sociedade. Afinal, chegou a hora de casar, ser dócil a esse mecanismo de ordenamento social. Sim, ele dificulta a desordem, as promiscuidades sexual e social. Todos devem casar para afugentarem desconfianças. Pois, depositada desconfianças é na pessoa que em plena adultidade recusa-se a casar.
    ― Como é que vive sem mulher? Então está se metendo com as nossas mulheres ― acreditam e dizem os homens de Fim-de-Mundo.
    No resto, a festa de casamento, são longas horas de convívio, de confraternização, de matanças de saudades, de descrição de contos engraçados, de muita dança, de apetite excessivo, etc. Nos casamentos, os que nunca teriam ingerido álcool, pela primeira vez ingerem, de modo abusivo ou não. As outras pessoas comem o que jamais comeram. É festa.
    Nestas festas, a música enxuga o sangue das pessoas, anima o cérebro destas, fortifica seus superiores e inferiores membros, incitando-os a mexer e remexer. É dança.
    Os casais descasam-se momentaneamente. Mutuamente estão os cônjuges autorizados a dançarem com outras companhias, partilharem sua alegria com outros. É animação.
    Enfim, tudo é lindo e infindo. Os noivos sorrindo, com olhos apaixonados um pelo outro, sentem-se pessoas mais felizes do planeta.
    No seguido, vem a lua-de-mel, ― a lua de sexo, se preferirem ― na qual a vestimenta da noiva é violada, a noiva é afavelmente torturada, acarinhada, amada, respeitada, elogiada e, por fim, suporta quilogramas impesáveis do noivo, num movimento indescritível e espectacular de vaivém. É amor.
    Todavia, após dias, meses ou anos de intenso amor, seguem-se, subjectivamente, a incompreensão, ausência de diálogo, de perdão exíguo, de sacrifício impossível. Dá-se espaço a desentendimentos e sistemáticas contendas entre os cônjuges e, quando prorrogados por longos períodos, conduzem ao desmembramento do casal.
    O divórcio quando está na iminência de acontecer, intervêm muitas e diversas individualidades na tentativa de resolverem os problemas do casal: casos do marido chegar tarde em casa por dias consecutivos; casos de traição; casos de mútuos desacatos; etc. Mas, gorada de quaisquer êxitos.
    Entrementes, é do senso comum ou comummente partilhada esta reflexão: deviam as pessoas obter boas lições de amor, de convivência familiar antes de terem atrevimento em consentir o casamento.

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