É
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verdade verdadeira que todo o estágio da civilização
humana é fruto de uma revolução. A revolução é o esplendor que reforma, forma e
transforma qualquer que seja o paradigma. A revolução é, sobre maneiras, o ápice
da objectividade, cujo efeito é mudança.
As revoluções que actualmente inundam o mundo, o repúdio
popular, este gesto nobre que acontece um pouco por toda a parte, são, na nossa
maneira de ver, um acto digno de louvores. Assistimos isso com mais
afectividade no Brasil pelo português que nos une. O repúdio, seja individual
ou colectiva, de qualquer manifestação, artística, politica, seja qual for,
torna-nos dignos de nós mesmos. A revolução deve ser vista como oportunidade de
criatividade, momento de reflexão, de reencontro com as nossas próprias bases,
portanto não há nada de perjúrio numa revolução, pese embora os estragos, a
violência, que a sua negatividade é óbvia, porém, nada mau. O sangue que as
revoluções exigem serve de purificação, assim como acontece numa cerimónia
mágico-religiosa, o sacrifício faz parte do culto.
Indo para aquilo que me é permitido falar com uma certa
substância de autoridade, a arte, esta busca sempre retratar aspectos como
esses, analisando em vários prismas, aliás é o artista produto de socialização,
este por mais que tente, difícil é separar-se embora haja um certo
distanciamento, como bem (re) diz a critica. Neste campo as mudanças sempre
criam um certa estranheza, a arte de vanguarda é, e sempre será mal
compreendida logo a prior, e tal entendimento leva seu tempo, como é óbvio,
quando deixa de ser de vanguarda, aliás, como já bem disse José Ortega y Gasset
“(...)O estilo que inova demora certo tempo para conquistar a popularidade; não
é popular, mas tampouco é impopular (...)”.
E é com este olhar revolucionário que percebo a
entrevista a Professora Inocência Mata, precisamente quando fala dos sistemas
literários de países falantes da língua portuguesa, com mais enfoque aos de São
Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, como sendo sistemas já consagrados; é óbvio!,
na nossa opinião um só bom e bem-feito livro literário pode muito bem consagrar
um sistema, não variedades de futilidades, ainda mais nesta entrevista a
professora vai longe ao repudiar o actual cenário que se vive nas literaturas
dos países africanos de línguas portuguesa, que somente são consagrados os
autores publicados no Brasil e Portugal, ridículo!
Bom, antes que me saqueiem as palavras, quero chamar
atenção para as próximas novas edições dessa revista que, irão sofrer uma reestruturação
na forma e no conteúdo.
Bom Leitura.
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